Uma neta reconstitui os gestos da avó para recordá-la e torná-la presente. O passado se infiltra como uma aparição nessa coreografia de mãos e tarefas domésticas, e o filme se torna uma dança entre gerações, entre um corpo e sua memória. A poesia do texto encontra a das imagens em movimento; cada plano é como um verso, cada linha, uma nova imagem. Se a repetição foi frequentemente abordada como alienação, aqui ela pode ser uma forma de amar. (Luiz Fernando Coutinho)