No poema “Versos íntimos” (1912), Augusto dos Anjos escreveu: “a mão que afaga é a mesma que apedreja”. Neste ensaio visual, a diretora Sirin Bahar Demirel recorta detalhes íntimos de sua história familiar, reorganiza o álbum de fotos e costura suas lembranças do avô agressor e da avó vítima de violência doméstica. O documentário questiona o que se herda das gerações passadas e se nossas mãos têm o poder de construir memórias futuras. (Mariana Mól)